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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

PARABÉNS PARA ELES!


 Nosso blog não costuma registrar aniversários, mas hoje abrimos uma exceção para os queridos Tiago (vigilante do meu setor) e Gustavo, filho de minha amiga Sergivanha, um garoto super inteligente e que logo, logo estará na lista dos intelectuais pau-ferrenses. Felicidades queridos!
                   Vianney e equipe

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Maria Boa: a primeira grande dama de Natal



Publicado por Robson Pires - Em Notas 7 fev 2010 - 23:55 -
Natal, década de 40 – A cidade fervilhava de militares americanos e brasileiros. Aviões, hidroaviões, Catalinas e Jeeps patrulhavam a vida dos natalenses.
Instalava-se na cidade a paraibana de Campina Grande, Maria de Oliveira Barros (24/06/1920 – 22/07/1997). Começava neste ínterim a história da mais conhecida casa de tolerância do estado (do país ou do mundo?).
Entre as movimentações na Ribeira, nas pedidas de Cuba Libre no saguão do Grande Hotel, nas notícias pelas Bocas de Ferro, na Marmita, em Getúlio e em Roosevelt e na nova geração de meio americanos e meio brasileiros, lá estava Maria Barros enaltecendo-se na Cidade do Natal como a proprietária do melhor (ou maior) cabaré.
Tornou-se conhecida como Maria Boa. Mesmo com pouco estudo ela despertou o gosto por música, cinema e leitura. O seu “estabelecimento” era o refúgio aos homens da cidade, com residência fixa ou, simplesmente, por passagem por Natal e servia de referência geográfica na cidade.
Jovens, militares e figurões acolhiam-se envoltos as carnes mornas das meninas de Maria Boa. Muitas mães de família tiveram que amargar, em silêncio, a presença de Maria Boa no imaginário de seus maridos em uma época de evidente repressão sexual.
Vários fatos envolveram a personagem. Um episódio muito comentado foi a pintura realizada pelos militares em um avião B-25. Um dos mais famosos aviões da 2a Guerra Mundial, os B-25 eram identificadas com cores características de cada Base Aérea. Os anéis de velocidade das máquinas voadoras da Base Aérea de Salvador eram pintados com a cor verde. Os aviões de Recife, com a cor vermelha, e os de Fortaleza, com a cor azul. Para a Base de Natal foi convencionada a cor amarela. Os responsáveis pela manutenção dos aviões em Natal imaginaram também que deviam ser pintados no nariz do avião, ao lado esquerdo da fuselagem junto ao número de matricula, desenhos artísticos de mulheres em trajes de praia. Autorizada pelo Parque de Aeronáutica de São Paulo, a idéia foi colocada em prática. Pouco tempo depois, os B-25 de Natal surgiram na pista com caricaturas femininas e alguns até com nomes de mulheres. Alguns militares da Base escolheram o B-25 (5079), cujo desenho se aproximava mais da imagem de Maria Barros. Outras aeronaves também receberam nomes como “Amigo da Onça” e “Nega Maluca”.
Quem custou a acreditar neste fato foi a própria Maria. Até que alguns tenentes decidiram levá-la até à linha de estacionamento dos B-25 logo após o jantar para não despertar a atenção dos curiosos. Ela constatou o fato. As lágrimas verteram de seus olhos quando viu à sua frente, pintada ao lado do número 5079, a inscrição “Maria Boa”.
O mito “Maria Boa” rendeu trabalhos acadêmicos o de Maria de Fátima de Souza, intitulado: “A época áurea de Maria Boa (Natal-RN 1999)”. O trabalho aborda o “fenômeno da prostituição infanto/juvenil, suas conseqüências e causas no desenvolvimento físico e psicossocial de crianças e adolescentes (…). Com o aprofundamento dos estudos percebemos o importante papel dos bordéis na prostituição, bem como o fechamento dos mesmos (…). Chegamos então ao cabaré de Maria Boa, já fechado. Tivemos, assim, a oportunidade de conhecer um pouco da saga da Sra. Maria de Oliveira Barros, uma profissional do sexo, com grande importância na história da prostituição de adultos, ou ainda, tradicional; das histórias contadas a seu respeito chamou-nos atenção para sua representação social, seu “mito” e sua ligação com o imaginário masculino. Com isso, passamos a averiguar mais profundamente uma participação na sociedade da época e buscamos reconstruir parte de sua história enquanto meretriz, cafetina, e proprietária da mais famosa casa de prostituição que o RN já conheceu.”
O Professor Márcio de Lima Dantas publicou2002 o texto “Retratos de silêncio de Maria Boa”. “(…) Para além da atitude ética de proteger sua família, o que faz parecer um jogo com a hipocrisia da sociedade, penso que, na atitude de se manter reservada, se inscreve outro aspecto digno de ser ressaltado. Falo do mito que entorna a personagem Maria Boa, de certa maneira, criada e ritualizada por ela mesma, dimensão de fantasia para além do empírico vivenciado. (…) Astuciosamente se fez conhecer por “Maria”, o antropônimo mais comum no universo feminino, genérico e pouco dado a divagações semióticas. Ironicamente é o nome da mãe de Jesus… Quem não tinha conhecimento no Estado de uma proprietária de um requintado lupanar, e que se chamava Maria, a Boa. O mito, da constituição do éter, era aspirado por todos, preenchendo necessidades, ocupando lugares no espírito, imprimindo fantasias nos adolescentes, despertando em jovens mulheres às aventuras da carne, engendrando adultérios imaginários.
Por José Correia Torres Neto

terça-feira, 27 de novembro de 2012

FALTA MÃO DE OBRA NO CIRCO.

  
Fiquei muito feliz quando soube que viria um circo para a nossa cidade.Vi a estrutura, conversei com alguns artistas, e lá fui eu assistir ao espetáculo.Sai de lá desapontado,vou dizer porque: O "Circo Europeu" tem estrutura física ótima, artistas razoáveis, mas peca pela falta de direção do espetáculo. Os canhões de luz ficam estáticos, enquanto o trapezista voa, o canhão está apontado para o chão. As partners ou assistentes de picadeiro são tão desempolgadas que dá dó, a coitada da elefoa está "podre de grude" tadinha.Uma mangueirada resolvia rapidinho...Não há emoção nos artistas, imagine a platéia....O circo pode ser pobre de jó, mas a emoção é imprescindível e também a postura de quem está em cena. O que se salva, ao meu ver, são os palhaços que usam a técnica do clown e emocionam quem entende...não falam pornografias, graças a Deus. Emfim, com pequenos detalhes, eles melhorariam e muito a qualidade do espetáculo e poderiam ostentar com orgulho o nome de "Circo europeu".
         Vianney

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

PÊSAMES.

 Queremos enviar os  pêsames à  família do Sr: Glicério Virgìnio, fotògrafo das antigas e pessoa que tinha muitas histórias pra nos contar. O sepultamento aconteceu na tarde de ontem.

COMO SÃO EFÊMEROS OS "CHEFES".

Há 23 anos trabalho no serviço público entre Natal e Pau dos Ferros, e  lá se vão mais de duas décadas. Vivo oscilando entre a Educação a Saúde e a cultura. Nesse tempo convivi com os tipos mais exóticos, tendo-os como meus "chefes". Poderia até escrever uma tese falando desses seres tão cheios de poder e ao mesmo tempo tão efêmeros. Muitos deles aparecem no horizonte com a força e o brilho de um meteoro para desaparecer logo em seguida deixando apenas um rastro de fumaça. A maioria se acha superior a  tudo e a todos, são poucos que permanecem no chão, e esses sempre terão um lugar especial. Massss...em se tratando de demônios, como eu já sofri.... muitas vezes não diretamente, mas por absorver as humilhações de alguns colegas, afinal não sou muito de levar desaforo pra casa e estou sempre por dentro do que é permitido ou não a um 'gestor". Vi chefes humilhando em público, chamando ao gabinete fora de hora, e até proibindo as pessoas de sorrir durante o expediente. Alguns já morreram e devem estar nadando em alguma piscina de lava no inferno e outros ainda  seguem seu curso de aperfeiçoamento em maldade. Com certeza, você leitor, já deve ter passado por algum episódio desagradável com seu  chefe...estamos numa sociedade democrática...se ele gritar com você, grite mais alto e fiquem testando os tons de voz até chegar a um acordo.
     Israel vianney

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

AS MULHERES... ESSAS DANADAS.

  A participação da figura feminina está magistralmente  registrada em todos os acontecimentos históricos da humanidade. De eva a lady Gaga , elas colaboraram  com sua  beleza, maldade, inteligência, sensibilidade, mistério, blá, blá, blá e mais uma infinidade de adjetivos. O certo é que elas não vieram aqui para ser apenas um apêndice do homem.
  Nas entrevistas para matérias deste  blog, ouvimos sempre relatos  sobre mulheres, que em diferentes épocas, mexeram com a libido dos rapazes pau-ferrenses. Histórias de mulheres pudicas,  mulheres ousadas, ou as duas no mesmo corpo.
  Fico feliz em saber da presença dessas "danadas" em nosso meio, e por que não dizer, na nossa história. Cheguei a conhecer e desfrutar de certa proximidade com muitas delas e sempre que podia, crivava-as de perguntas.
  As vezes ainda me pego pensando coisas do tipo: Como seria o panorama do "Rabo da gata" num dia de feira livre? os homens endinheirados, alguns fedorentos, suados ou envolvidos em brilhantina... música, bebidas, mulheres.. De qualquer forma "as casas de recurso" da Lafaiete Diógenes  Ferviam. Que loucas,não? Retalhos coloridos  no meio do agreste sêco.....
         Bye!
Dica de filme: Veja "Parahyba mulher macho" de Tizuka Yamazaki.
                                          Vianney

domingo, 18 de novembro de 2012

VAMOS VER SE ESSE ANO A FREQUÊNCIA MELHORA

FESTA DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - PATRONATO

UM QUERIDO DOS PAUFERRENSES

Começou sua formação religiosa aos doze anos, quando foi estudar em um colégio de padres. Aos dezenove anos foi convocado para o exército italiano e participou da Primeira Guerra Mundial. Aos 27 anos diplomou-se em teologia pela Universidade Gregoriana em Roma e foi docente do Convento de Vila Basélica e do Convento de Massa.
O frade capuchinho, ordenado sacerdote em 25 de agosto de 1923, veio do norte da Itália para o Brasil no início da década de 1930, estabelecendo-se no Convento de São Felix da Ordem dos Capuchinhos, sendo venerado por fiéis, principalmente nordestinos, pois foi nessa região que ele viveu a maior parte de sua vida, fazendo peregrinações pelas cidades, dando comunhão, confessando, realizando casamentos e batismos. Por muitos nordestinos considerado como santo, encontra-se atualmente em processo de beatificação desde 31 de maio de 2003.[1]
Por dia, muitas cartas chegam ao Convento de São Félix, contando fatos de cura, milagre, que a ciência não consegue entender.

Frei Damião, recém-chegado ao Brasil.
Sua primeira missa foi nos arredores da cidade de Gravatá, em Pernambuco, na capela de São Miguel, no Riacho do Mel. Anualmente, no mês de maio, realiza-se naquela cidade as Festividades de Frei Damião: uma grande caminhada sai da Igreja Matriz Nossa Senhora de Santa'Ana (no centro de Gravatá) e vai até a Capela do Riacho do Mel.
Na cidade de Recife, mais precisamente no Convento de São Felix da Ordem dos Capuchinhos, onde se encontra seu corpo, acontece desde sua morte no final de maio Celebrações para Frei Damião.
Em 27 de setembro de 1977, recebeu o título de Cidadão de Pernambuco e, em 4 de maio de 1995, o título de Cidadão do Recife.
Frei Damião ocupou-se em disseminar “as santas missões” pelo interior do Nordeste. “As santas missões” eram um tipo de cruzadas missionárias, de alguns dias de duração, pelas cidades nordestinas. Nessas ocasiões, era armado um palanque ao ar-livre com vários alto-falantes onde o frade transmitia os seus sermões. Quando perguntado sobre os objetivos de suas “santas missões” aos sertanejos, o frei respondia que um dos objetivos era “livrá-los do Demônio, que queria afastá-los da Igreja e fazê-los abraçar outro credo [...]”.
É autor de um manual de conduta, conhecido como os "Dez mandamentos de Frei Damião,"[2] que determina como os católicos devem lidar com os protestantes. Evangélicos do Nordeste acusam-no de discriminar e incentivar perseguições a religiosos de outras denominações cristãs.[3]
Conseguia arrastar multidões para ouvir suas palestras e tornou-se um fenômeno de popularidade religiosa no Nordeste, só comparável ao “Padim Ciço”, de Juazeiro do Norte. A propósito, Frei Damião é aclamado pelos católicos locais como o legítimo sucessor do Padre Cícero Romão Batista.
Acompanhado por multidões por onde passava, nunca abandonou suas caminhadas e romarias pelas localidades, no qual acompanhava com ele sempre, um terço e um crucifixo, as quais fazia com seu devotado amigo Frei Fernando. Só parou poucos meses antes de falecer, devido ao agravamento de seu problema na coluna vertebral, fruto da má postura de toda a vida.
Frei Damião de Bozzano faleceu no Hospital Português no Recife, e seu corpo está enterrado na capela de Nossa Senhora das Graças, de quem era devoto, no Convento São Félix, no bairro do Pina, no Recife. Sua vida é retratada no livro do escritor Luís Cristóvão dos Santos, Frei Damião - O Missionário dos Sertões.
Na ocasião de sua morte, em 31 de maio de 1997, o governo de Pernambuco e a prefeitura de Recife decretaram luto oficial de três dias.
No interior de Pernambuco, na cidade de São Joaquim do Monte, todos os anos milhares de romeiros chegam para prestar suas homenagens ao Frade. O Encontro de Romeiros, ou Romaria de Frei Damião como é mais conhecida, acontece todos os anos entre o fim de agosto e início do mês de setembro. Programação religiosa e cultural modificam totalmente o aspecto da cidade. O ponto central da peregrinação é a estátua erguida em homenagem a Frei Damião localizada no Cruzeiro.
Em 2004, foi inaugurado o Memorial Frei Damião em sua homenagem, na cidade de Guarabira, Paraíba, uma das várias cidades em que o frade capuchinho percorreu em suas missões.[4] Neste memorial foi erguida uma estátua, que atualmente é considerada a terceira maior do Brasil[carece de fontes].

terça-feira, 13 de novembro de 2012

PAU DOS FERROS FAZENDO SUCESSO NO MEIO DO MUNDO!!!


Poeta e trovador José Ouverney

Dias 11, 12, 13 e 14 de Outubro ocorreram as festividades de premiação dos concursos de trovas da Academia de Trovas do RN e do Clube dos Trovadores de Caicó. Dia 11, a festa foi no Centro Pastoral de Parnamirim, premiando os poetas nos concursos nacional, estadual, para sócios efetivos e correspondentes da Academia de Trovas do RN (ATRN). O poeta pauferrense Manoel Cavalcante venceu o concurso estadual que tinha o tema melodia com a seguinte trova:

Viro a chave... E a nostalgia
da solidão que me corta
é impressa na melodia
do lento ranger da porta...

O jovem poeta ainda classificou trovas no tema lago que era para sócios efetivos da ATRN, em 6° e 11°. No concurso com tema barulho, de cunho humorístico, aberto para poetas de todo o Brasil, o poeta pauferrense foi o único poeta do RN a classificar, desta feita em 5° lugar com a seguinte trova:

A velha diz sem orgulho:
-no quarto em horas de amor
o velho que faz barulho
é só meu ventilador...

No entanto, mais do que essas premiações, Pau dos Ferros teve um ponto maior na festa. Ainda na premiação de concurso nacional, uma trova chamou a atenção quando lida aos presente ao ser premiada em terceiro lugar:

O barulho era infernal:
trocavam-se tantos berros,
que a discussão em Natal
era ouvida em Pau dos Ferros!

Os presentes riram bastante e bateram efusivas palmas. O que mais chamou a atenção foi o autor da trova ser de um longínquo lugar do Brasil, PINDAMONHANGABA-SP. O autor se trata do grande poeta José Ouverney que mesmo sem conhecer o RN, achou na sua sensibilidade poética essa  forma tão simples e tão fantástica de fazer humor. Parabéns ao poeta Ouverney pela ideia e a cidade de Pau dos Ferros pelas premiações do jovem Poeta Manoel Cavalcante.

domingo, 11 de novembro de 2012

QUAL A CULTURA SENÃO A NOSSA?


Certa vez eu estava numa aula de Ortodontia e a professora quando foi dar exemplo de pacientes retrognatas (do queixo pra dentro) disse o seguinte: “Os pacientes retrognatas são aqueles que tem a mandíbula intruída,  tipo Noel Rosa...” Na mesma hora, um aluno virou para trás e indagou com a cara de estranheza enojada: “Noeeel Roosa?” Como quem dissesse: “Quem é esse doido?!”. Eu respirei fundo, mas sendo sincero, a vontade que eu tive foi de jogar uma cadeira nas fussas dele, no entanto, eu fui generoso e disse: “-É O PAI DO RITMO MUSICAL MAIS POPULAR DE SEU PAÍS, MAS LADY GAGA VOCÊ SABE QUEM É, NÃO É?”. Fiquei deveras enfurecido e envergonhado com tal episódio. Outro exemplo lastimoso foi na morte da cantora Amy Whine House. O mundo inteiro foi sensibilizado pela perca e sensacionalizado principalmente. Ela realmente cantava e tinha um timbre bonito e foi uma perca humana para a arte (não sei qual), mas ao ver o principal sucesso dela eu me revoltei. A tradução dizia: “Quiseram me levar para a clínica e eu disse eu não, eu não, eu não...” Aí fiquei me perguntando qual a diferença para aquele hit: “vou não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não...” Mas o que isso significa?? Muita coisa!

O sistema capitalista impõe um compulsório consumismo no mundo cultural. Alguém já ouviu na rádio ou na TV um cantor ou artista romeno, africano, russo, japonês, árabe? Por que será que outros artistas que não cantam música inglesa não chegam ao nosso alcance? Eles também não são bons?! Infelizmente, a maioria das pessoas, flexíveis ao bombardeio da mídia aceitam o que chegam aos ouvidos com muita facilidade. A etiologia deste problema é profunda, passa por um problema educacional e político-econômico longo e muito longo. Ora bolas, se nós fomos catequizados e domados pelos ibéricos no início da história, se fomos  “independentes” por um golpe de estado, se o Vargas precisou de um golpe de estado para chegar ao poder, se a ditadura foi um golpe de estado, qual autonomia teríamos para termos identidade??

Mas o pior ou o melhor, é que temos autonomia artística sim e basta apenas ela ser valorizada. O samba é um ritmo brasileiro, a bossa nova também, o tropicalismo já mostrara. Mas Geraldo Vandré não passa no Faustão, Cartola, Noel Rosa e Pixinguinha não tinham dançarinas seminuas ornamentando o palco e eles não ensinavam a forma de como se matar o papai. E eu não falo apenas da música, o Cinema tem Glauber Rocha, a Literatura Machado de Assis, a Pintura Portinari, enfim, não é cabível prolongar exemplos, apesar de ser preciso. Aliás, Glauber Rocha já dizia: "A cultura nasceu na Grécia e morreu nos Estados Unidos".

Eu não quero impor que as pessoas gostem obrigatoriamente do que é produzido pelos seus conterrâneos e compatriotas, o livre arbítrio existe, porém o dever de ao menos conhecer é essencial. Quem é você? Qual sua verdade? Beyoncé dirá! Isto soa como alguém que conhece a pessoa mais distante do hemisfério, mas não conhece a própria mãe. Serão estes seres detentores de opinião própria? Capazes de formar sentido e de serem seres sociais ativos? Talvez este seja o motivo para a elegibilidade de tantas atrocidades, para uma crença tão fácil no horário político.

Por fim, o que se constata é um sistema que impõe cultura à maioria, é a massificação do “raso” e a marginalização, ridicularização do autêntico e do belo. E assim, por falar em ridicularização, é melhor eu botar um ponto final aqui ou um ponto de exclamação, uma vez que serei taxado de arcaico, radical, quadrado, retrógrado e mais outras alcunhas que me dão prazer ante à tal calamidade cultural. 


Por Manoel Cavalcante.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

ERRATA

  O nosso leitor e amigo Fabio Freitas, nos corrigiu um erro na postagem"o que??". Segundo ele, a cantora Francis Dalva é Paranse e não Cearense. Agradecemos  o corretivo.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O QUE???

  Você, que já passou dos 40, com certeza sabe a definição dos termos abaixo relacionados, mas para os mais jovens, muitos deles soam estranho. Vejamos:
TERTÚLIA: festa dançante que acontecia nas residências ao som de uma radiola. Muito comum nos anos 1970.
RADIOLA: Toca discos compacto. A tampa se transformava em duas caixas de som
FRANCIS DALVA: Cantora cearense de forró. Quem não dançou "uma ovellha desgarrada" e "Nas férias te conheci"?
CAXETE: O mesmo que comprimido ou cápsula de remédio
CIBAZOL: Poderoso antibiótico. Quem não usou para as feridas?
VIGÍLIA: último comício das campanhas eleitorais, ia at´q o amanhecer.
SPLASH: chiclete muito macio. sensação nos anos 1980
SOFT: Bala redonda e colorida, consumida por todos. Porque acabou??
COMPACTO: Pequeno disco de vinil com uma música de cada lado.
   Voltaremos com mais!
      Vianney

DESCASO!

  O Hospital Regional Cleodom Carlos de Andrade está há dois meses sem ambulância.Os pacientes que necessitam de transferência ou de realizar exames fora daquela unidade tem duas opções: Pagar um táxi( Que se aproveitam da situação e exploram no preço), ou ficar na rampa da urgência  a esperar a caridade de um motorista particular ou de ambulância de outro município.
  Alguma providência deve ser tomada e a resolução do problema depende de nossa exigência. É um direito assegurado pela constituição. Vamos fazer valer!
        Vianney

A BELEZA SOMBRIA

  No dia de finados, a maioria das pessoas, independente de credo, visita o túmulo dos entes queridos.Na sexta feira visitei os dois cemitérios da cidade, todos lotados...aquele odor característico de cera queimada, muitas coroas e arranjos de flores de todas as cores, enfim, é festa para os que se foram.
  Quando fui ao cemitério São Manoel, o cemitério velho como chamamos, não pude deixar de observar minunciosamente a beleza dos túmulos das décadas de 1940 até 1960.São cheios de detalhes e arabescos que por instantes minimizam e nos distraem do sentimento de tristeza. Algumas famílias estão cometendo a insensatez de destruir  esses "'tesouros" para refazê-los de granito,com horrorosas formas retas. Creio que os moradores  ficam se remexendo.Gostaria de ter conhecido o cemitério São João que se localizava onde hoje é o Banco do Brasil.Dizem os mais velhos que os monumentais túmulos eram maravilhosamente belos.Foi destruido em nome do progresso. Tudo tem seu preço!
                        Vianney