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sábado, 23 de março de 2013

QUANDO A SÊCA TUMULTUAVA OS CENTROS URBANOS

  A sêca sempre foi um fenômeno esperado pelos nordestinos, assim como as inundações no sul e sudeste. Há infindáveis registros históricos; em nossa região, as mais bem documentadas foram as de 1877(acompanhada de uma epidemia de cólera morbus), a de 1915, imortalizada por Raquel de Queiroz em " O Quinze" e as de 1970 e 1982.Relatos terríveis chegaram até nós; desde pessoas que comiam "palmatória", uma espécie de cacto, até cascavéis assadas na fogueira.
  Quando a situação chegava ao limite, a multidão de miseráveis e famintos "atacava" o comércio das cidades, principalmente em dias de feira livre....muitas depredações aconteceram, mas em Pau dos ferros, apenas tentativas. Tudo isso gerou os embriões de vários projetos sociais, como a "emergência", que dava uma mini cesta básica, além de uma pequena quantidade em dinheiro para os que se enquadravam na situação de miséria. a contapartida é que todo mundo se ocupava em algo: Construir açudes, limpar a cidade, entre outros.                  
  Hoje, já não vemos a coisa tão terrível, pois há bolsas e bolsas pagas pelo governo federal. A minha grande tristeza é que as pessoas que as recebem, não têm obrigação alguma.....até o bolsa escola acanalhou, vai quem quer e a coisa tornou-se uma espécie de "bolsa malandragem" para uma grande parcela dos agraciados. Me desculpem as carmelitas descalças e os petistas de carteirinha.
                                Israel vianney

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